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Tecnologia a favor do compliance na gestão de patrimônio (IFRS 16)

Escrito por Gesplan S/A | 21/05/2019 09:40:19

Esta temporada de balanços do 1º trimestre foi bem diferente dos anos anteriores. Desde o início deste ano, as empresas estão sujeitas a novas regras contábeis, que alteram a maneira de reconhecer, mensurar e divulgar informações sobre leasing, ou contratos de locação, em seus balanços patrimoniais, o que gerou muita divergência na projeção dos analistas. A mudança é uma adequação às Normas Internacionais de Contabilidade, estabelecidas no IFRS 16 – Leasing, e além de promover uma maior transparência das empresas, facilita a comparação de demonstrações financeiras ao redor do mundo.

Com informações mais úteis, detalhadas e uniformes, investidores poderão tomar decisões mais criteriosas e, provavelmente, mais eficazes. É o que espera o Conselho de Normas Internacionais de Contabilidade, o IASB, na sigla em inglês, baseado em anos de estudo e consulta a empresas e investidores de diversos países.

Por outro lado, essa mudança traz complexidade para o trabalho de controladoria e contabilidade das companhias e também para a projeção dos analistas.

Nesse artigo, você vai entender o motivo e a extensão dessa mudança, assim como algumas implicações sobre o trabalho da equipe de controladoria e vantagens na adoção da tecnologia nesse contexto. Você está preparado para o IFRS 16?

Mais transparência

Em 2014, um levantamento feito pelo IASB revelou que cerca de US$ 3,3 trilhões não estavam sendo divulgados nos balanços das empresas, porque a antiga norma de contabilização do leasing, a IAS 17, não exigia uma declaração completa dos ativos e passivos envolvidos nos contratos de arrendamento mercantil. Além disso, constatou-se que o IAS 17 era mais suscetível a fraudes em decorrência de brechas que permitiam favorecer a administração da empresa em detrimento dos investidores.

Objetivamente, o que a IFRS 16 fez, foi eliminar o conceito que separava arrendamentos financeiros e operacionais. Estabeleceu-se, assim apenas um modelo de contabilidade para os arrendamentos, o que simplifica e padroniza os processos de definição e aplicação da contabilidade. Nesse sentido, a norma garante mais transparência às práticas contábeis e reduz a capacidade de manipulação de dados.

Mudanças práticas

Na prática, o reconhecimento dos contratos de locação, no balanço patrimonial, tornou-se obrigatório, com exceção feita a contratos de curto prazo (12 meses ou menos). Assim, ao identificar os ativos de direito de uso, as empresas deverão também indicar os passivos de cada contrato e, por consequência, juros, depreciação, despesas financeiras e operacionais relacionadas a cada um deles.

As mudanças da IFRS 16 sobre a contabilidade são substanciais, mas não estão limitadas ao balanço patrimonial. Além de refletir no aumento da depreciação e das despesas financeiras registrados no DRE, ela gera impactos em indicadores financeiros de liquidez, endividamento e alavancagem operacional, assim como no rating de crédito, na contabilização dos efeitos tributários, covenants, processos de aprovação de despesas, mas também, especialmente, o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações).

Confira aqui os principais impactos da IFRS 16.

Novos desafios

A aplicação da IFRS 16 não produz os mesmos efeitos em todos os setores e aqueles que possuem perfil mais arrendatário, como o de aviação, de franquias e o agronegócio, por exemplo, sentirão um impacto maior. E além dos impactos sobre demonstrações financeiras e indicadores de desempenho, a norma também estimula mudanças na rotina operacional da empresa.

A abrangência e a amplitude dessas mudanças oferecem um grande desafio para a equipe de contabilidade e controladoria. Mensalmente, novos contratos e rescisões deverão ser reconhecidos, assim como reajustes, prorrogações e depreciação, o que exige constante atualização dos cálculos e controle dos efeitos tributários. Além disso, os registros antigos também deverão ser ajustados para que comparações equivalentes sejam feitas.

Por isso, é importante avaliar o impacto da norma não só para os registros contábeis, mas para todos os processos que envolvem a adaptação da rotina operacional quanto ao controle financeiro, a renegociação de contratos, a comunicação com bancos e acionistas e a adaptação aos sistemas de TI.

Vantagens da Tecnologia

Se já era essencial antes da nova norma, o uso da tecnologia passa a ser indispensável. O aumento do volume de contratos, cálculos e reajustes exigidos, requer o auxílio de uma plataforma que apoie a gestão patrimonial e financeira, assim como a contabilização dos contratos de leasing na adequação às normas internas e ao compliance.

A automatização garante maior controle e otimiza o tempo dos analistas ao facilitar tarefas como cálculos de adimplência, correção dos contratos (como índice de correção anual, por exemplo) e atualização dos impactos, liquidação antecipada, entre outros. Os resultados são benéficos para a transparência das companhias e o relacionamento com seus respectivos investidores e stakeholders.

Solução Gesplan

Antecipando-se aos impactos desta mudança e complementando seu sistema de Gestão de Tesouraria, a Gesplan desenvolveu uma solução para as empresas se adaptarem à nova norma: o WFN Lease, validado por empresas auditadas por big four. Pensado para a IFRS 16, o WFN Lease oferece diversos recursos que automatizam cálculos, taxas e índices, otimizando a gestão e o controle da tesouraria.

Além de permitir que se complemente informações financeiras de provisão, pagamentos e outros eventos à contabilidade e ao fluxo de caixa da empresa, a solução oferece templates que atendem aos padrões das operações de leasing para mais agilidade no cadastro, informações padronizadas e centralizadas, relatórios dinâmicos e a integração com diferentes fontes e ERPs.

Quer saber mais informações sobre o WFN Lease?

Entre em contato conosco ou conheça um pouco mais sobre esta funcionalidade:
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